Estudos psicométricos da versão Portuguesa da Escala de Impacto Familiar (EIF)

Sara Albuquerque, Ana Fonseca, Marco Pereira, Bárbara Nazaré, Maria Cristina Canavarro

Resumo


O diagnóstico de deficiência num filho pode implicar mudanças na dinâmica e no funcionamento da família, com exigências adicionais ao nível da prestação de cuidados. De forma a avaliar os efeitos da condição da criança nos pais, enquanto prestadores de cuidados, foi desenvolvida a Escala de Impacto Familiar (EIF) – Impact on Family Scale (Stein & Riessman, 1980). O objectivo do presente estudo é apresentar as características psicométricas da EIF. A versão portuguesa da escala foi administrada a uma amostra de 144 pais e mães, cujo filho recebeu um diagnóstico de deficiência, utentes da Maternidade Doutor Daniel de Matos (Hospitais da Universidade de Coimbra) e de associações que prestam apoio a pais de crianças com deficiência. Para além da EIF, o protocolo de avaliação incluiu o instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial de Saúde (WHOQOL-Bref; The WHOQOL Group, 1998), o Índice de Stress Parental (Abidin, 1990) e a subescala de Contribuições Positivas do Kansas Inventory of Parental Perceptions (Behr, Murphy, & Summers, 1992). A EIF apresentou boa consistência interna (alfa de Cronbach=.91) e estabilidade temporal (r=.80, p<.001), bem como resultados aceitáveis ao nível da validade de construto [χ2(90)=185.45, p<.001; CFI=.91; RMSEA=.08] e das validades convergente e discriminante. A EIF apresenta-se como uma escala particularmente útil para avaliar o impacto familiar da deficiência de um filho e as suas características psicométricas validam a sua utilização na população portuguesa.


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DOI: https://doi.org/10.14417/lp.632

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